quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Caridade

O que me faz escrever hoje deriva do facto de ter ido à praia. Esta simples tarefa de lazer fez-me pensar na necessidade de praticar caridade. Parece difícil ver a relação, mas passo a explicar. Enquanto estava para ali estendido que nem uma sardinha nas brasas, uma mosca, vinda do inferno, não parou de me azucrinar o corpo. Por mais que tentasse dormir ou relaxar aquela mosca parecia a Nereida e eu o Cristiano Ronaldo, não me deixava em paz. Qualquer que fosse o músculo onde ela parasse, eu era obrigado a contraí-lo. Concluí-se facilmente, que é preciso desistir completamente da vida para ficar com a cara cheia de moscas e não se mexer para as impedir de lá ficarem.
Assim quando virem aquela menina com óculos de fundo de garrafa a tentar vender um peluche qualquer para a caridade não faça como de costume: não se esconda atrás de outras pessoas, não finja que não ouve, não acene com a cabeça, não diga "não obrigado", ...
Pergunte antes: - É para ajudar aqueles meninos que têm moscas nos olhos?
Se for dê uma moedinha, se não for esconda-se atrás de alguém fingindo que não ouve, ao mesmo tempo que acena com a cabeça e diz "Não obrigado!".
Fiquem bem!