Há um conjunto de contratos sociais a que toda a gente obedece sem pensar muito. Eu consigo pensar nalgumas razões pelas quais podemos rescindir estes contratos unilateralmente e sem possibilidade de chegar a um acordo.
É consensual que as pessoas quando se encontram se cumprimentem. Eu também pensava assim. Quando encontramos uma senhora damos dois beijinhos, num senhor um aperto de mão(vejo a questão do lado masculino, as mulheres dão sempre beijinhos). Isto é tudo muito bonito até encontrarmos alguém que ao cumprimentar dê beijos com os lábios (e um bocado de língua, calculo) em cheio na face, deixando aquela sensação de frescura que ultrapassa o after-shave. Isto quebra o contrato social estabelecido, pois se o intuito do cumprimento é iniciar uma conversação, este beijo faz o oposto. A pessoa beijada não vai conseguir verbalizar nada pois estará a pensar em quando poderá limpar a cara, começando no ombro e terminando na ponta da manga com um sonoro: YAC!
O mesmo se passa com os atrasados mentais que sofrem de hiperidrose (suam muito, para os incultos) que insistem em dar apertos de mão. Tudo começa com um:
- Tás bom?
Termina com a pessoa apanhada desprevenida a apertar uma mão que mais parece uma língua de um camelo. O simples facto de que não podemos esboçar a mesma cara que faríamos se apertássemos mesmo a língua de um camelo, merece um Óscar. Escusado será dizer que sentimos uma vontade de esfregar aquela mão nas calças... Estas pessoas deviam fazer como os mecânicos estender o coto.
Fiquem bem.
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